Nesta quinta-feira (10) o Ministério Público da Bahia promoveu no auditório da Câmara dos Vereadores de Euclides da Cunha, um seminário com representantes do setor da apicultura, para buscar uma solução em conjunto com representantes políticos, do legislativo, professores e pesquisadores acerca da grande perda de abelhas de apiários do povoado de Muriti, devido ao uso discriminado de agrotóxico em plantações que se encontram próximas aos locais.
Tendo sido realizada entre os horários da manhã e tarde, o seminário com o tema “Os impactos dos agrotóxicos e as supostas causas das mortes de abelhas na região de Euclides da Cunha”, ministrado pela promotores Luciana Koury e Adriano Nunes, buscou apresentar e discutir com os que fizeram presença como a perda das abelhas podem trazer diversos problemas, não só para os apicultores, mas também para a economia do povoado de Muriti e da cidade de Euclides da Cunha e para a destruição do ecossistema da região.
Principal causa da morte das abelhas, o seminário apresentou ao público como o uso indevido de agrotóxicos está prejudicando não só o setor da apicultura, como pode causar problemas irreversíveis ao meio-ambiente, já que as abelhas são um dos agentes polinizadores que mais contribuem com a preservação ambiental. Em entrevista ao portal euclidesdacunha.com, o apicultor residente de Muriti, José Alves Barbosa, de 59 anos alega que é devido ao uso dos produtos mencionados que diversos apiários têm perdido suas abelhas.
Tendo sido apresentado no dia 1º de agosto, o Ministério Público criou em Euclides da Cunha o Centro de Observatório Apícula para investigar e solucionar o problema. Perguntado sobre a sua criação, José Alves acredita que a iniciativa irá gerar resultados positivos para os apicultores, pois fará com que trabalhadores das plantações vizinhas possam reduzir o uso de agrotóxicos, dando assim um sossego para os criadores de abelhas.
Por euclidesdacunha.com | João Pedro